segunda-feira, 8 de março de 2010

Escribas

Os escribas eram altos funcionários a serviço do faraó, de um dignitário ou de um templo. As suas ocupações eram muito variadas: nos campos, comprovava a posição dos limites depois das inundações periódicas do Nilo e contava os grãos das colheitas para calcular os impostos que os camponeses deviam pagar. O gado, o vinho e outros produtos que entravam nos armazéns reais também passavam por suas mãos. As suas obrigações não acabavam por aqui; por vezes, escrevia contratos, atas judiciais e cartas para particulares.

Trabalhando

Ao escrever, estes funcionários sentavam-se geralmente com as pernas cruzadas e apoiavam o rolo de papiro diretamente no colo. Em alguns relevos, também aparecem de cócoras, com um tabuleiro em que apoiavam um papiro. Mantinham ao seu alcance os utensílios de trabalho.

Pincéis

Eram feitos de caule de junco afiado em um dos extremos ou desfiado.

Como ser escriba

Qualquer pessoa podia ser escriba, embora geralmente fosse um ofício passado de pai para filho. Durante o Antigo império, cada escriba ensinava pessoalmente o seu filho, mas, a partir do Médio Império, em algumas cidades apareceram as escolas ou Casas da Vida. As crianças nelas ingressavam quando tinham quatro ou cinco anos e sua aprendizagem prolongava-se até os doze. Começavam por copiar frases em fragmentos de calcário ou cerâmica, chamadas óstracas, ou em madeira coberta com gesso, pois o papiro era um material muito caro. Além de saber escrever, deviam conhecer as leis e ter noções de aritmética para calcular os impostos.

O pictograma

Nos relevos dos túmulos de alguns funcionários, aparecem as escolas de escribas e, na parte superior da representação, um texto que narra a cena. A elevada categoria social dos escribas pode-se confirmar pelo fato de esta ser uma das poucas profissões indicada com um pictograma que reproduz um dos seus instrumentos de trabalho: a paleta. Os pictogramas são símbolos utilizados na escrita que representam fielmente a realidade.



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